terça-feira, 15 de abril de 2008

Por que eu não creio em Deus?

Provavelmente 99% de todos os "cristãos" jamais fizeram essa pergunta a si mesmo. Aliás, provavelmente não, com certeza. As pessoas acreditam em Deus porque é bem mais cômodo pra elas, afinal, não será preciso responder a tantas perguntas.
Os ateus, todos eles, sabem que se uma pessoa perguntar a ele se ele acredita em Deus e ele disser "Não", logo virá aquela pergunta "Por que não?", e, sem dúvida, essa é uma pergunta difícil de responder. No entanto, se ele disser "Sim, é claro" é bem provável que o interlocutor pare por aí, por que é natural crêr em Deus. Desse modo, é visível como é mais fácil crêr a não crêr (obs.: não estou dizendo que crêr é igual a seguir doutrinas, isso é mais difícil).


Por que eu não creio?

●1º. Porque eu acho que a vida é muito pra ser insignificante. O paraíso, para os crentes, é a única coisa que importa, afinal, daqui você não leva nada. Então o que é a vida na Terra? Um teste. Só e somente só. Então nós devemos negar toda essa vida para poder conquistar a vida eterna? A vida que nos fez tão feliz às vezes, embora tão tristes outras? A vida que nos fez conhecer as pessoas que mais amamos? Será mesmo que nós temos que negar a tudo isso? Não. Eu disse não. E você também pode (xD). Aproveite cada segundo desta vida, ela é única. Não negue-a. Viva!

●2º. Porque ele é extramente egoísta (Deus). Como pode um ser criar uma raça de animais tão potente como a nossa somente para adorá-lo? Essa idéia é completamente absurda. Eu não posso me ver somente como um animal de estimação, cuja única função é entreter o dono, mesmo que o dono seja quem o alimente. Eu (e você) somos mais que isso.

●3º. Porque eu não preciso de um ser externo pra dar sentido a minha vida. As pessoas parece que não vêm que são elas que decidem o que vão fazer da vida. Elas é que dão sentido a vida delas, não os outros. Uma pessoa que acha que sem Deus a vida não tem sentido, provavelmente é porque ela não consegue dar significado a própria vida e precisa de algo para fazer isso por ela. As pessoas são preguiçosas.

Esses são três dos n motivos pelos quais os verdadeiros ateus não acreditam em Deus. Os outros virão mais adiante, agora eu quero saber:
Por que vocês (Luiz e leitores) acreditam em Deus?
Por favor, respondam sem o uso de suposições e se eventualmente alguém falar sobre necessidade, tente explicá-la.

(Jonnas P. Silva)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cap.10 - Constrangimento

Max respondeu ao "bom dia" com um ar de que aquele dia seria um tédio. A cada palavra da irmã seus olhos se fechavam e as retinas não possuíam o mesmo brilho de outrora. No meio daquele monótono discurso, uma idéia permeou sua mente. Pegou o celular e enviou uma mensagem a Letícia, com os seguintes dizeres: me encontra agora! Em frente aos bebedores; beijos. Letícia olhou para fileira que o garoto estava, sem entender o porque daquela mensagem. Max levantou-se e pediu permissão para beber água. A menina fez o mesmo logo em seguida. Os dois encontraram-se no local determinado pelo rapaz. A garota dirigiu-se enfaticamente a Max e disse:

- O que foi Max? - Seus olhos brilhavam ao ver seu amado ali na sua frente.
- Quero um beijo agora! Tô com saudade dessa boca.
- Mas assim, do nada? E se alguém vir?

O apaixonado rapaz não respondeu a pergunta da sedenta garota. Os lábios inevitavelmente se encontraram no que viria a ser o melhor de todos o beijos que eles já tinha dado. Max logo sentiu o volume aumentar na calça azul do colégio. E Letícia sentia-se totalmente entregue aos úmidos lábios de Maximillian. Em movimentos circulares as línguas se encontravam em uma sinestesia maravilhosa por todo seu ser. Aquele momento era único. Mas de repente, Max sentiu um fria mão puxando por seu braço, pela regidez e volume não era a da amada. E uma voz seca e amarga gritando despoticamente os nomes dos dois.

- Maximillian Caminha e Letícia. O que isso significa!?

O silêncio era a melhor resposta naquele insípido momento. Porém ele tinha que dizer algo. O cavalheiro tem que proteger sua dama. No meio de engasgos e espalhafatos falou:

- Simon, isso não irá se repetir. Deixa agente voltar para a reunião e finge que nada aconteceu.
- Claro que vocês irão voltar. - Um sorriso sádico aparecia de leve no final dos guturais lábios do professor de matemática, que Max odiava.

Simon acompanhou os dois até a sala de multi-mails, entrou e subiu no palanque. Pediu o microfone da regente irmã. Começou bem alto o discurso desmoralizante:

- Alunos e alunas do colégio Sagrado Coração de Jesus, que pelas atitudes de dois alunos profanos não será mais tão sagrado assim. Acabei de presenciar o maior ato de luxuria e imoralidade. O senhor Maximillian e a senhorita, ou melhor essa “putinha”, meretriz: Letícia. Aos beijos mais cálidos em frente ao bebedouro. Max é um “burro”, desprovido de massa cefálica, apesar de já estar indo ao segundo ano, não sabe ao menos fazer uma função quadrada. É uma vergonha ao colégio ter um aluno assim. Não é mesmo Max, responda a todos se você sabe responder ao menos a uma simples equação!

- Seeeeeeeeeeeiiiiiii sim!!!

Nesse instante ele acordou.


(Luiz Felipe de Castro)

Jonnas agora é só fechar com chave de ouro, como agente combinou.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Surpreendente Reencontro

O sol irradia irrefutável, indômito, no seu lado oeste, o dia. A luz, ao amanhecer, é o triunfo que faz a cada novo dia-a-dia, um feliz e desafiador dia.
Almeida é um fiel escudeiro desses complexos raios. Todas as manhãs acorda pelos feixes transcendentes, cortando-lhe as retinas fatigadas. Antes de ir à Secretaria de Finanças da cidade para exercer seu ofício de segurança, pára na tradicional “Marapuã”, uma cordial lanchonete próxima a sua moradia.
Exímio cliente é sempre o primeiro a comprar a ficha de acesso ao seu legítimo e amargo cafezinho. Após aquela parada costumeira, segue os passos apressados da sua rotina.
Almeida não é das pessoas mais amáveis. No seu trabalho, é conhecido como “Brutus”, pela forma como trata seus companheiros. Usa constantemente da insolência, aspereza, com seu porte físico, alto, robusto, forte, para atingir seus objetivos. Há um bom tempo vem passando dificuldades, com o pouco que ganha, em função do elevado custo de vida nas capitais brasileiras. Com isso, vai a busca de solução em uma agência de empregos.
No local desejado, encontra-se uma gigantesca fila a qual fura cinicamente. Pelo seu tamanho e a cara de mal-humorado, ninguém se atreve a interrompê-lo.
Ao chegar sua vez, é indicado a uma entrevista no dia seguinte, cedo da manhã, para ser vigia de cemitério. O salário não é lá essas coisas, mas ajudaria bastante na sua renda.
Os indômitos raios de sol dessa vez não eram tão indomáveis assim. Deram lugar a um céu nublado, cinzento, de nuvens escuras. Elas pareciam estressadas, enfurecidas com algo.
Almeida, como o irrefreável dia, não estava tão feliz assim, a entrevista de logo mais o preocupava. Ao dirigir-se à rotineira Marapuã, algo inesperado aconteceu: uma vultosa fila para comprar a ficha de acesso ao cafezinho. Pela extensão, parecia não dar tempo de degustar seu pretinho insubstituível, mas mesmo assim, decidira ficar ali. Afinal, o que eram alguns minutos de atraso?
Já há um bom tempo naquela inóspita fila, um homem instiga a sua atenção, franzino, baixo, de semblante calmo e passivo, localizava-se à sua frente. Pelo arquétipo do rapaz, não poderia lhe causar incômodo. Assim sendo, passa à sua frente e profere as seguintes palavras:
- Fica calado, pô! Vou tomar meu café, tô atrasado.
- Mas senhor, tenho compromisso, diz o sujeito indignado.
- E eu com isso? Vou tomar o meu café e ponto. Se estiver a fim de engrossar, vai sentir o peso do meu punho.
Degustou o eminente café e seguiu ao cemitério. Chegando ao local, para sua surpresa, já havia vários candidatos à espera do administrador, o qual estava bem atrasado. A zeladora olhando na direção da porta principal do local avista seu chefe e fala:
- Senhor Horácio, esses rapazes estavam me deixando louca.
Almeida, ao olhar naquela direção, sentiu seus nervos trincarem. Uma angústia profunda no peito e o embaraço nos olhos úmidos e agora taciturnos, evidenciam seu espanto: o homem à porta era o modesto moço o qual ele tão covardemente tomou o lugar na fila.



(Luiz Felipe de Castro)

Aviso!

Pessoal estamos partindo agora para a produção de contos.Vamos terminar o romance, falta somente dois capítulos, o que irei escrever e o do Jonnas, aí investiremos nesse gênero tão promissor na literatura brasileira.Para começar fiquem com esse meu conto.

(Luiz Felipe de Castro)

domingo, 6 de abril de 2008

Panis et Circencis

De repente, como se fossem ratos fugindo de um grande gato, começam a correr muitas pessoas na pequena praça de alimentação. Gritos agudos e ordens graves partiam de um centro no canto.
"É briga! É briga!"
Embora muitos corressem pra longe, outros (a maioria) queria ver. E sua sede só foi saciada depois das cadeiras voarem das mãos dos pobres infelizes... Patéticos infelizes.
Iniciou-se uma briga no shopping. Dois homens.
Por que? Só eles sabem.
Eu também fui. Fui ao centro da briga. Os dois brigavam com uma voracidade típica de abutres. Suas palavras, que eram as únicas coisas que tornavam sua vacilante raça superiores a animais, oramos estagnavam em nível abaixo destes. E aqueles que assistiam eram ainda menores.
E em suas faces o prazer se refletia na mais nojenta forma possível, expresso de forma intensa e franca. O show de horror lhes era como um espetáculo aos olhos. E esses mesmos olhos eram aqueles que mostravam horror ao ver uma notícia na TV de assassinato e diziam: "que país é esse?". Eu respondo: é um país de espectadores que só se assemelham a espectadores do show de horror proposto por gladiadores na antiga Roma de tão desprezíveis! Animais!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Voltamos...

Antes de mais nada, queria avisar que paramos por um longo tempo devido às provas bimestrais que nós fazemos todo bimestre (Dââ). É que também somos alunos então temos que enfrentar essa burocracia toda de prova e blá blá blá.... Um saco!
Mas estamos voltando à ativa e continuaremos a escrever aqui na BE. Seja no romance, seja no Multiálogo ou mesmo só por escrever.
Outro aviso, o Luiz, por um motivo que só ele sabe explicar, não quis escrever o cap. 10, ou não pôde. Então quem está sob responsabilidade deste capítulo aqui é Jonnas. Espero que não se importem, afinal, tem gente que gosta mais de como o Lipe escreve, né? Fazer o quê? Não posso agradar a gregos e troianos, mas vou fazer assim mesmo.
Então curtam o cap. 10...