segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cap.10 - Constrangimento

Max respondeu ao "bom dia" com um ar de que aquele dia seria um tédio. A cada palavra da irmã seus olhos se fechavam e as retinas não possuíam o mesmo brilho de outrora. No meio daquele monótono discurso, uma idéia permeou sua mente. Pegou o celular e enviou uma mensagem a Letícia, com os seguintes dizeres: me encontra agora! Em frente aos bebedores; beijos. Letícia olhou para fileira que o garoto estava, sem entender o porque daquela mensagem. Max levantou-se e pediu permissão para beber água. A menina fez o mesmo logo em seguida. Os dois encontraram-se no local determinado pelo rapaz. A garota dirigiu-se enfaticamente a Max e disse:

- O que foi Max? - Seus olhos brilhavam ao ver seu amado ali na sua frente.
- Quero um beijo agora! Tô com saudade dessa boca.
- Mas assim, do nada? E se alguém vir?

O apaixonado rapaz não respondeu a pergunta da sedenta garota. Os lábios inevitavelmente se encontraram no que viria a ser o melhor de todos o beijos que eles já tinha dado. Max logo sentiu o volume aumentar na calça azul do colégio. E Letícia sentia-se totalmente entregue aos úmidos lábios de Maximillian. Em movimentos circulares as línguas se encontravam em uma sinestesia maravilhosa por todo seu ser. Aquele momento era único. Mas de repente, Max sentiu um fria mão puxando por seu braço, pela regidez e volume não era a da amada. E uma voz seca e amarga gritando despoticamente os nomes dos dois.

- Maximillian Caminha e Letícia. O que isso significa!?

O silêncio era a melhor resposta naquele insípido momento. Porém ele tinha que dizer algo. O cavalheiro tem que proteger sua dama. No meio de engasgos e espalhafatos falou:

- Simon, isso não irá se repetir. Deixa agente voltar para a reunião e finge que nada aconteceu.
- Claro que vocês irão voltar. - Um sorriso sádico aparecia de leve no final dos guturais lábios do professor de matemática, que Max odiava.

Simon acompanhou os dois até a sala de multi-mails, entrou e subiu no palanque. Pediu o microfone da regente irmã. Começou bem alto o discurso desmoralizante:

- Alunos e alunas do colégio Sagrado Coração de Jesus, que pelas atitudes de dois alunos profanos não será mais tão sagrado assim. Acabei de presenciar o maior ato de luxuria e imoralidade. O senhor Maximillian e a senhorita, ou melhor essa “putinha”, meretriz: Letícia. Aos beijos mais cálidos em frente ao bebedouro. Max é um “burro”, desprovido de massa cefálica, apesar de já estar indo ao segundo ano, não sabe ao menos fazer uma função quadrada. É uma vergonha ao colégio ter um aluno assim. Não é mesmo Max, responda a todos se você sabe responder ao menos a uma simples equação!

- Seeeeeeeeeeeiiiiiii sim!!!

Nesse instante ele acordou.


(Luiz Felipe de Castro)

Jonnas agora é só fechar com chave de ouro, como agente combinou.

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