quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Cheguei ao Inferno.

Nossa doido, pense numa cidadezinha quente.
Cheguei ontem com papai e a Camila pra fazer a matrícula no colégio de freira. Sinceramente não sei porque eles foram me por logo nessa escola, pela TV daqui parece que um SINOPSE é bem melhor. Tinha um pessoal lá dentro fazendo matrícula também. Logo que eu cheguei soube de um carinha que não tinha passado no teste e voltou arrasado. Fiquei preocupado. Mas aí eu passei. Aliás, o teste não tava tão simples não. Tinha umas questão lá de assunto que eu nunca tinha visto na minha vida, o que deve acontecer com a maioria do pessoal que faz teste lá.
A gente achou que entrava pela frente do colégio, mas tem uns portões na lateral. Tive uma péssima impressão do colégio. Logo na entrada tem umas catraca que só serve pra atrapalhar. E o colégio é todo gradeado, parece uma cadeia bicho. Escadas e mais escadas parece que as irmãs não tem coragem de botar escada rolante de jeito nenhum. As quadras são no meio do sol quente. Um colégio que cobra R$450,00 por aluno e tem mais de 1000 alunos não cobre as quadras. Naum cheguei a subir nos outros andares. Na hora da saída taquei minha canela nos ferro que tem na calçada do colégio. A Camila faltou morrer de rir, mas aí tropeçou também e esbarrou num cara que tava saindo do colégio, provavelmente se matriculando também. O cara fez um ruído que parecia um "desculpa" e seguiu em frente; antes de drobrar a esquinha olhou de ponta do olho pra gente de novo, parece que ele se interessou pela Camila. Não fui bem com a cara dele. Mas a Camila parece que foi. "Que foi Camila? Tá olhando praquele cara por quê, hein?", perguntei. "Achei ele gato, Cadu!", falou sorrindo a engraçadinha. "Se o pai te pega falando isso eu num quero nem ver. Fica falando essas besteira aí, fica. Te cria menina!". Ela se ligou que o pai, que ainda tava lá dentro, já tava saindo, aí parou com as gracinhas.
A gente tava passando pela avenida que fica em frente ao colégio quando aconteceu um acidente atrás da gente, era umas quatro da tarde e os carros todos lá atrás começaram a parar. Ainda bem que a gente tava na frente. Foi um carro e uma moto. O cara da moto se esbagaçou todo e foi levado pro hospital. A gente viu pq na hora que aconteceu o acidente anda não tinha juntado tanta gente. Aliás, é incrível notar como nessas horas parece que as pessoas nascem do chão. E o cara do carro fugiu, o covarde. Ele passou por nós com o a frente estragada, então ele deve ter atropelado o motoqueiro. O pai pensou em seguir ele, mas não tinha gasolina o sulficiente e a gente teve que parar pra abastecer.
No posto tem uma loja de conveniências, aí eu fui comprar uma Coca pra mim. Quando eu chego lá tá o carinha branco que a gente viu lá na calçado do colégio. Ele tava tentando escolher alguma bebida pra tomar no refrigerador. Me aproximei aí ele deu uma olhada em mim. Os olhos dele eram pretos.

Contigo Lipe.

Nenhum comentário: